Por Jornal Opção
De acordo com o relatório disponibilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta semana, alguns segmentos se destacaram em Goiás quanto ao crescimento no número de trabalhadores. No ano passado, segundo o instituto, 196 mil pessoas trabalhavam no segmento de transporte, armazenagem e correio. O equivalente a 5,1% dos ocupados de Goiás.
Em comparação com o relatório do ano anterior, 2022, isso significa um aumento de 46 mil trabalhadores. Isso porque eram 150 mil vagas ocupadas no segmento, o que simbolizava 4% dos trabalhadores do Estado.
Ao contrário desses segmentos acima citados, o grupamento de trabalhadores com maior decréscimo foi o da Indústria geral, que perdeu cerca de 16 mil trabalhadores, saindo de 472 mil para 456 mil no prazo de um ano.
No mesmo relatório, Goiás também se destaca em outros tópicos. Dois deles serão elaborados a seguir. São eles: aumento no número de empregadores com CNPJ e a queda no número de trabalhadores noturnos.
Após crescimento significativo de 2019 para 2022 de 6,4%, o contingente formado por empregadores e trabalhadores por conta própria, em Goiás, ficou praticamente estável em 2023, sendo estimado
1,1 milhão de pessoas.
Sendo assim, entre esses, 418 mil estavam em empreendimentos registrados no CNPJ, apontando queda em relação a 2022, apesar de ainda ser a segunda maior taxa da série histórica. O número simboliza que 38,9% dos trabalhadores possuiam um registro de CNPJ.
Na passagem de 2022 para 2023, o percentual de contas próprias com registro no CNPJ caiu em
3,1 pontos percentuais. Isso corresponde a 36 mil trabalhadores. Por outro lado, o percentual de empregadores com CNPJ subiu para 19 mil, atingindo o maior percentual da
série histórica iniciada em 2012.
Em 2020 e 2021, não houve a disponibilização de dados da pesquisa sobre esse tema. Segundo o IBGE isso ocorreu porque houve uma redução na taxa de respostas durante a pandemia de Covid-19. “Trouxe dificuldades para a mensuração de alguns indicadores dos módulos temáticos coletados exclusivamente na primeira visita”, consta no relatório.
Portanto, a série de indicadores disponível no plano tabular compreende os anos de 2012 a 2019, 2022 e 2023.
Em 2023, segundo o IBGE, eram 218 mil pessoas atuantes em turnos noturnos no Estado de Goiás. Ou seja, equivalente a 5,6% das pessoas empregadas.
O relatório do ano anterior aponta para a existência de 303 mil trabalhadores nesse mesmo turno (8,1% dos trabalhadores de Goiás) . O que demonstra uma queda significativa nos números.
Conflituosamente, entre 2019 e 2022, este número vinha subindo. O que eram 254 mil pessoas se tornou 303 mil em três anos. Era uma progressão, entretanto agora, 218 mil trabalham nesse horário.
O Estado de Goiás também foi citado em outros trechos do relatório. Quando falamos sobre o número de pessoas que trabalham nos menores empreendimentos, por exemplo, temos um crescimento significativo desde 2012, quando os estudos tiveram início.
Havia 1,18 milhão de trabalhadores em empresas goianas, que tinham entre um e cinco funcionários, em 2012. Dez anos depois, em 2022, eram 1,55 milhões de trabalhadores. Por fim, nesse relatório, estima-se que sejam 1,56 milhões em 2023 que atuam nesses empreendimentos.
Além disso, também mencionam a queda no número de trabalhadores sindicalizados, que alcançou o menor índice desde 2012. E o crescimento no número de pessoas que trabalham em próprio empreendimento, quebrando o recorde da série histórica com 1,87 milhão de trabalhadores.
No relatório, o IBGE também aponta que o número de pessoas com pouca instrução no mercado de trabalho diminuiu consideravelmente nos últimos dez anos. Em 2023, cerca de 20,2% dos 3,9 milhões de ocupados goianos estão enquadrados nessa categoria.
Em compensação, o número de trabalhadores que possuem ensino superior completo, ensino médio completo, ou ensino superior incompleto aumentou em 2023. Entre aqueles com ensino médio, ou superior incompleto, eram 1,6 milhões de pessoas. Enquanto pessoas com ensino superior completo são cerca de 838 mil. Aqueles com ensino fundamental completo ou ensino médio incompleto totalizavam 621 mil em 2023.