Por G1 - GO
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Foto: Denise Xavier/Alego
O ex-presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra) , Lucas Vissotto, foi solto após ser preso em operação contra fraudes em contrato de R$ 27 milhões para reforma de prédios públicos, informou a defesa. Além dele, foi solto também um dos ex-membros da diretoria do órgão, preso na mesma operação na última terça-feira (28).
Segundo o advogado de defesa do ex-presidente da Goinfra, Marcelo Di Rezende, os dois foram soltos na madrugada deste domingo (2), após o fim do prazo de cinco dias da prisão temporária. A defesa afirmou, em nota, que os dois estiveram e continuarão à disposição das autoridades para “demonstrar a inexistência de quaisquer irregularidades” (confira a nota completa ao final da matéria).
Em nota ao g1, o delegado Danilo Victor que não será socilitada a prorrogação da prisão temporária dos ex-agentes da Goinfra, pois todos já foram interrogados pela a Polícia Civil. O delegado informou ainda que será avaliada a necessidade da prorrogação da prisão temporária dos demais investigados que fazem parte do núcleo empresarial (veja a nota completa ao final da matéria).
As autoridades policiais souberam das irregularidades nos contratos da Goinfra por meio de relatórios técnicos e inspeções realizadas pela Gerência de Inspeções da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e pela Gerência Estratégica da Polícia Civil na Seinfra.
Segundo a Polícia Civil, a Goinfra também tinha planejado um contrato no valor de R$ 271,8 milhões, que seria gerido pelos investigados. No entanto, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) identificou irregularidades e bloqueou o contrato em abril de 2024.
Neste contrato, a análise técnica realizada pelo TCE revelou a existência de um sobrepreço de R$ 62,5 milhões, ou seja, o valor contratado estava inflado sem justificativa apropriada. O contrato também está sob investigação.
Ao ser deflagrada, a operação prendeu oito pessoas na terça-feira (28). Entre os presos, estão quatro ex-agentes e o ex-presidente da Goinfra, Lucas Vissotto, três empresários, informou o delegado Danilo de Souza. os mandados foram cumpridos em Goiânia, Anápolis e no Distrito Federal.
A Polícia Civil estima-se que o prejuízo causados pelos pagamentos indevidos chegue ao valor de R$ 10,4 milhões aos cofres públicos. Conforme a Polícia Civil, o contrato previa serviços de reforma e manutenção em 26 prédios públicos, entre eles o da Polícia Rodoviária Militar Estadual e instalações no Palácio Pedro Ludovico Teixeira.
Durante a execução do contrato, o acordo foi modificado para obras de construção predial, segundo investigação policial que aponta também que houve pagamentos antecipados indevidos, superfaturamento e demolições injustificadas para justificar notas fiscais fraudulentas.
O ex-presidente da Goinfra Lucas Alberto Vissotto Júnior e o ex-diretor do Departamento de Gestão Integrada da agência, Thiago Carim Bucker, voltaram para casa na madrugada deste domingo (2) depois de serem liberados pela polícia em Goiânia, com o fim do prazo de cinco dias da prisão temporária, à meia-noite. Responsável pela defesa dos dois investigados, o advogado Marcelo Di Rezende, que acompanhou a liberação deles, confirmou a informação.
O advogado Marcelo Di Rezende reitera que Lucas e Thiago sempre estiveram à disposição das autoridades competentes, desde o início da investigação, em 2024, e permanecerão colaborando com a apuração para demonstrar a inexistência de quaisquer irregularidades.
A defesa ressalta que, em depoimento na última semana, Lucas e Thiago apresentaram fatos e provas necessários para evidenciar de forma inequívoca a inocência deles.
Di Rezende reforça, ainda, a confiança na Justiça e nas instituições democráticas.
Nota sobre a situação dos investigados presos na Operação Obra Simulada, deflagrada pela DECCOR/PCGO: No que se refere aos componentes do núcleo institucional da investigação (ex-agentes da GOINFRA) , não será solicitada a prorrogação da prisão temporária, tendo em vista que todos já foram devidamente interrogados nos autos do inquérito policial. Já sobre os demais investigados, componentes do núcleo empresarial , ainda será avaliado pela autoridade policial a necessidade de pedido para prorrogação da prisão daqueles que estão presos, considerando que outros ainda se encontram foragidos e estão sendo procurados, o que pode prejudicar o andamento das investigações.