Por MAIS GOIÁS
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Ex-deputado estadual Fred Rodrigues (Foto: Divulgação)
Tão logo foi alçado à posição de pré-candidato do PL na disputa em Goiânia, o ex-deputado estadual Fred Rodrigues viu insatisfações internas de alguns membros de seu partido serem colocadas à mesa publicamente. Eduardo Prado, líder da sigla na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), por exemplo, lançou sua pré-candidatura usando a tribuna do legislativo e disse que a cúpula do partido não consultou os parlamentares e nem as lideranças locais. Fred, entretanto, minimiza e diz, em entrevista exclusiva ao Mais Goiás, que “não empurrou” seu nome para a disputa.
Na entrevista, concedida após o anúncio feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fred Rodrigues afirma que não espera grandes mudanças na pré-campanha, já que vinha participando ativamente de todas as agendas junto ao deputado federal Gustavo Gayer e ao senador Wilder Morais, que preside o partido em Goiás e tem atuado como coordenador do projeto rumo ao Paço.
Fred também espera contar com o apoio ativo de Gayer, que abriu mão da disputa para permanecer em Brasília. Quanto à escolha de um vice, Fred prefere não discutir o assunto no momento, mas indica que busca um perfil ideologicamente alinhado com seu projeto. Com o mandato de deputado estadual cassado devido a problemas na prestação de contas nas eleições de 2020, Fred reitera sua elegibilidade e afirma que vai entrar na Justiça contra veículos que, segundo ele, propagam “desinformação e fake news” sobre o caso.
Domingos Ketelbey: O que muda agora com o recuo do Gayer e seu nome encabeçando a chapa do PL?
Fred Rodrigues: Efetivamente, não muda nada. O Gustavo vai continuar exercendo o trabalho de deputado federal e há tradicionalmente uma desaceleração no Congresso quando se aproximar a eleição e ele vai conseguir focar mais aqui. Ele continua na campanha e cumprindo as agendas. Ele vai continuar indo nas agendas com os pré-candidatos. O Gustavo é praticamente o coordenador da campanha. Ele estará 100% junto. Não haverá mudança, nós já tínhamos essa vantagem, em razão do nosso alinhamento ideológico entre o titular e o vice. Basicamente, tivemos uma troca de posições.
Agora como cabeça de chapa, você vai começar a definir o seu vice. Qual o perfil vai buscar?
Fred Rodrigues: Obviamente, levanta-se a questão novamente do vice. É um assunto que agora queremos lidar com muita calma. Temos algumas etapas a serem cumpridas e entendemos que a aceitação da direta goiana e da nossa representatividade do nosso grupo conservador tenham sido excelente. Os comentários iniciais nos perfis da rede mostram isso. Mas entendemos que mudou a dinâmica e vamos trabalhar em outras coisas. Contudo, o que dissemos antes continua valendo: precisamos de um vice que seja ideológicamente alinhado. Claro que a questão minha e do Gustavo é única. Começamos juntos, fazendo basicamente o mesmo trabalho de comunicação e análise política na internet. Temos uma conexão próxima. É muito díficil agora achar um vice tão ideologicamente alinhado, mas ainda assim é uma prioridade e é o que vamos buscar.
Mayara Mendanha, ex-primeira-dama de Aparecida, está filiada ao partido. Cogita trazê-la para sua vice?
Fred Rodrigues: Neste momento, como te falei na resposta anterior, a gente não cogitou e nem entramos nessa questão de colocar os nomes à mesa. Vamos focar em estabilizar a campanha e readequar as agendas com os pré-candidatos a vereadores e a gente quer uma maior participação do Gustavo. Tanto ele como o presidente Bolsonaro estão cientes da importância da capital. A questão do vice e até o próprio nome da Mayara Mendanha, vamos trabalhar nessa questão mais adiante. Para evitar especulações e não levar a um nome ou outro, não vamos entrar nessas questões.
Tão logo sua pré-candidatura foi anunciada, o deputado Eduardo Prado também anunciou a dele e disse que lideranças do partido e pré-candidatos a vereador não foram comunicados e estariam insatisfeitos. Como você vê isso? Pretende conversar com o deputado para resolver a situação?
Fred Rodrigues: Eu conversei com o deputado Eduardo Prado e não tenho problema nenhum com ele. É um deputado que eu me dei muito bem e ajudou muito em nossos projetos. Eu não vejo nenhum problema ele levantar a pré-candidatura dele. Mas eu acredito que a consolidação do PL acaba por ser uma decisão nacional. Não sou eu empurrando meu nome e não estou tentando passar por cima de ninguém e nem fazendo lobby pelo meu nome. É uma definição que vem de uma conjuntura política muito bem explicitada pelo presidente Bolsonaro. É uma adequação que a conjuntura nacional fez que precisávamos fazer. Independente disso, não vou poder nem ficar cerceando ninguém. Mas acredito que ficou muito bem estabelecido que a nossa pré-candidatura é a oficial do PL, principalmente com a presença do presidente Bolsonaro que veio justamente para lançá-la.
Rapidamente circulou sobre sua eventual inelegibilidade na disputa. O assunto diverge entre juristas. Você está inelegível?
Fred Rodrigues: Esse assunto está pacificado. Você mesmo publicou minha quitação eleitoral que mostra que nada impede minha disputa nas urnas. Está tudo certo quanto a isso. Agora outros veículos foram irresponsáveis em nem checar a informação e tá todo mundo fazendo erratas. O que eu posso dizer é que como se trata de uma legislação eleitoral precisamos tomar o cuidado e nossos direitos pois pode trazer prejuízos até irreparáveis, até mesmo com grandes veículos de comunicação soltando fake News logo nas primeiras horas do lançamento da minha pré-campanha. Uma simples consulta no TSE poderiam checar minha quitação eleitoral. Muitas redações não se deram o trabalho para fazer isso. Por isso, nos sentimos obrigados a acionar a Justiça Eleitoral para que esse erro seja corrigido. Mas como eu sempre disse: eu prefiro a imprensa errada do que calada. Censurar eu nunca vou, mas obviamente pedir o direito de resposta e a reparação, eu sempre vou buscar.